sábado, março 04, 2006

Como gosto de lixo - parte II


Portanto, como me parece ter ficado mais ou menos claro na primeira parte deste artigo, todo o lixo pode ter o seu lado bom. O lixo é nosso Amigo!
O lixo orgânico pode ser transformado em fertilizante, quer nas nossas casas, quer de forma industrial.
O lixo industrial pode ser reciclado, isto é, pode voltar a ser transformado em produtos novos.

Quando se fala de preocupações ecológicas devemos sempre lembrar os 3 R's:

Reduzir, Reutilizar e Reciclar.

O primeiro é muito provavelmente o mais importante. Sem ele e com o excesso de população do nosso planeta e a escassez de alguns recursos naturais, secaremos o nosso mundo, esgotaremos os recursos energéticos não renováveis e poluiremos a níveis insuportáveis.
E reduzir é muitas vezes a diferença entre querer ou não querer.
Basta estar atento a pequenos gestos e alterar rotinas de consumo desnecessário.
Basta fechar as torneiras quando se entra no desperdício. Desligar as luzes quando não precisamos de iluminação, reduzir o aquecimento das nossas casas e, no verão, reduzir a utilização de ar condicionado.
Ao nível social importa ainda lutar por uma gestão equilibrada ao nível autárquico, defendendo a implementação de transportes colectivos que permitam conforto e rapidez e nos permitam deixar o carro em casa.
É o primeiro e é sem dúvida o R mais difícil de implementar, porque depende de todos, na medida em que depende de cada um!
O segundo R é também do âmbito da consciência individual.
Reutilizar é uma prática difícil quando pensamos que o que define a maior parte dos seres humanos é a atracção pela novidade.
Ao procurarmos de forma quase obcessiva tudo o que é novo, tendemos a deitar para o lixo coisas que estão ainda em perfeito estado de utilização.
Para além disso, como nos achamos muito civilizados, tendemos a gozar com aqueles que reutilizam até à exaustão os materiais que possuem.
Lembro-me, a propósito deste R, do que era prática em Marrocos há cerca de 10 anos: Um pneu, depois de ser usado no automóvel até aos seus limites, passava às carroças puxadas por animais onde rodava mais uns tempos.
Depois, era utilizado nas paredes de recipientes vários. E, por fim, acabava nas sandálias das multidões.
É um exemplo apenas, mas recordo-me que em Portugal, há muitos anos, se faziam maravilhas com material abandonado.
Lembram-se dos carrinhos feitos de latas de conserva?!
O último R depende da indústria, mas depende também de cada um de nós.
Para que as autarquias reciclem o nosso lixo, é crítico que o separemos e depositemos nos locais adequados.
Para isso é preciso vencer a inércia e fazer o que ensinam aos nossos filhos.
É um esforço que os nossos netos nos agradecerão.
E depois, importa ainda preferir os materiais que são fruto da reciclagem!
Sobram ainda todos aqueles produtos que não é possível nem reutilizar, nem reciclar.
A esses, o destino é ou o armazenamento ou a destruíção.
Temos como exemplo, no limite, os resíduos nucleares, mas existem muitos outros.
  • Os materiais contaminantes dos hospitais.
  • Todos os produtos químicos que resultam da utilização de máquinas ou de indústrias.
  • E muitos, muitos outros.
Em relação aos resíduos nucleares, porque não se conhecem formas, nem de reutilização, reciclagem ou mesmo armazenamento seguro, alguns defendem o seu envio para o espaço.
Deixando de fora as questões éticas de povoar o espaço exterior com o nosso lixo, imaginem os custos energéticos que essa solução comporta. Porque é necessário construir naves de transporte e alimentá-las com o necessário combustível...
Mas voltemos à questão da destruíção dos lixos que não conseguimos tratar de outra forma.
A discussão do momento é a co-incineração... mas fica para a parte III.

8 comentários:

Su disse...

gostei deste teu texto sobre o lixo I e II e respectiva reciclagem
jocas maradas

Blogexiste disse...

Ora aqui está um exemplo de serviço público. Boa!

JL disse...

É mesmo serviço público. Voto com o Blogo.
E cada um de nós deve fazer a parte que lhe compete. Chega de ficarmos, eternamente, à espera que as coisas se resolvam per si ou que sejam os outros a resolvê-las.

nunofigueiredo disse...

Vitoreira, aldeia da freguesia de Cabril concelho de Castro Daire

é a minha aldeia!

é a minha Midões!

abraço

Anónimo disse...

...não haverá por acaso uma parte 3? Estou a brincar, mas parece mesmo uma triologia:
- os 3 r's
...e porque não?
...é tão satisfatório pensar que o lixo que produizimos, deixa de ser lixo e assim sucessivamente...
É como a noção que temos de que não morremos, apenas nos transformamos...
Beijo
Teresa

Avó do Miau disse...

Olá Eduardo!
Voltei para espreitar as novidades e agradecer a visita que me fez lá no meu blog!
Até breve,
Daniela.

Anónimo disse...

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