
Esta é a verdade mais "universalizada" do espaço lusitano!
Como representantes desta espécie invulgar, de escassos 10 milhões entre portas mas capaz da mais espectacular diáspora do segundo milénio, temos concerteza algumas das suas características mais peculiares.
Somos genuinamente auto-críticos mas sabemos parar no exacto momento em que vale a pena começar a introduzir avanços. Não vá perdermos a capacidade de auto-flagelação.
O maior problema desta nossa sub-espécie é o facto de todos serem uns autênticos madraços, incapazes e produtivos, com uma única excepção: cada espécimen em particular...
E é por isso, só pode ser por isso, que quando se tentam introduzir reformas todos nós resistimos quais meninos mimados a serem arrastados pelos pais.
As reformas fazem falta. Sem dúvida! Mas apenas para os outros!
Se somos professores, entendemos que é necessário reeducar os pais.
Se somos pais clamamos pela reforma do ensino e pela avaliação dos professores.
Os Juízes protestam contra os legisladores.
Os advogados contra os juízes...
Os médicos contra os enfermeiros, estes contra os doentes e estes contra os primeiros e os segundos...
Os filhos gritam contra os pais e estes, porque raramente se lembram que são filhos, berram impacientes contra os primeiros.
Os polícias, geralmente lestos na repressão dos protestos alheios reivindicam o direito à indignação.
Os militares idem aspas aspas...
Os políticos, que são genuínos filhos desta gente toda, revoltam-se contra si próprios e... geralmente... não vá a democracia dos votos ser dura e castigadora, aproveitam para ir deixando tudo mais ou menos na mesma.
E é por isso que eu acho, que a paz podre é bem pior que o estado de indignação a que chegámos.
Pode ser que assim, as coisa possam ir mudando.
Para começar... se pudesse ser... eu ia pelo caminho que o Salazar tanto odiava:
A educação! Pode ser que, quando a grande maioria deixar de ser analfabeta e aproveitar para ler o mundo de forma mais esclarecida, se possa olhar em frente, para cima, para os lados (até para trás) e menos para cada umbigo, por mais interessantes que possam ser os ditos cujos.