
O bizarro pode acontecer em qualquer momento.
O mais provável é que, ao acontecer deixe de ser bizarro. O mais provável é que certas coisas só não aconteçam mais vezes porque nós não estamos preparados para as ver.
Somos tantas vezes os gatos ou os cães de uma história qualquer apenas porque decoramos os guiões e temos um medo primitivo do improviso.
Como se a vida fosse para ser vivida em rigorosa obediência ao plano original...
Desculpem lá os puristas, os deterministas, os defensores de uma qualquer ordem divina, os sacerdotes de religiões mais ou menos universais...
A minha gata olha para a minha cadela com os olhos ternurentos de uma filha reconhecida... e a cadela trata-a como se fosse de facto a sua pequena cachorra.
Ainda bem que não sabem falar... porque se não, em nome dos cânones e da obediência ao status quo já se teriam zangado ad eternum.
Até pode ser que sejam assim... tão improváveis... porque lhes falte um qualquer programa de primitiva necessidade de afirmação... pode ser...