
Crescei e multiplicai-vos!
É, muito provavelmente, com base neste princípio sagrado que o governo da Nação tem legislado em matéria de impostos.
Num artigo de Ana Sá LopesContra os Canhões este assunto é tratado de forma muito interessante e, a meu ver em pelos menos dois prismas de importância vital.
O primeiro é a penalização das famílias que optam por ter apenas um filho, subindo os descontos para a “caixa” em relação às demais. Ter filhos volta assim a ser um desígnio nacional, como se estivesse hoje em causa a nossa identidade.
Nós que eramos e ainda somos conhecidos pela nossa abertura ao mundo, pela forma natural como, por decreto ou por apetite sexual, nos misturamos com outros povos, sentimo-nos hoje ameaçados pelos “povos invasores”.
E este é o segundo prisma com que aborda o assunto.
É curioso como não reflectimos sobre o facto de algumas das nações mais prósperas terem sido exactamente aquelas que controlaram a sua natalidade e souberam abrir as suas portas, de forma equilibrada, a outros povos...
A Humanidade assemelha-se hoje a uma imensa arca de Noé onde uma espécie, por necessitar de espaço vital, vai comendo e esmagando as restantes espécies e, porque o barco não cresce, vai empilhando os seus filhos do homem nas várias camadas disponíveis, respeitando princípios sempre actuais, ligados à questão das raças e numa lógica de escuros por baixo e de quanto mais brancos mais ao sol!
Não aprendemos nada!
Eu, como muitos outros portugueses, a minha mulher incluida, (até porque no que diz respeito à reprodução da espécie são as mulheres que têm a opinião mais avalizada), optei por ter apenas um filho. E fi-lo por questões económicas, sociais e ecológicas, sendo que a ordem dos factores é arbitrária.
A minha pulsão primeira era ter mais filhos.
Continuo a acreditar que ter filhos é bom. Realiza quando a tarefa é levada a sério, com respeito pela dignidade dos “miúdos” e com uma atitude de abertura constante às novas formas de ler o "ainda" nosso tempo.
Continuo a respeitar todos aqueles que, porque não pensam neste assunto, ou porque não têm tempo (porque ganhar a vida pode ser uma actividade terrível e extenuante!) ou porque não sabem o suficiente para se anteciparem ao acaso, se multiplicam mais do que me parece equilibrado.
É, muito provavelmente, com base neste princípio sagrado que o governo da Nação tem legislado em matéria de impostos.
Num artigo de Ana Sá Lopes
O primeiro é a penalização das famílias que optam por ter apenas um filho, subindo os descontos para a “caixa” em relação às demais. Ter filhos volta assim a ser um desígnio nacional, como se estivesse hoje em causa a nossa identidade.
Nós que eramos e ainda somos conhecidos pela nossa abertura ao mundo, pela forma natural como, por decreto ou por apetite sexual, nos misturamos com outros povos, sentimo-nos hoje ameaçados pelos “povos invasores”.
E este é o segundo prisma com que aborda o assunto.
É curioso como não reflectimos sobre o facto de algumas das nações mais prósperas terem sido exactamente aquelas que controlaram a sua natalidade e souberam abrir as suas portas, de forma equilibrada, a outros povos...
A Humanidade assemelha-se hoje a uma imensa arca de Noé onde uma espécie, por necessitar de espaço vital, vai comendo e esmagando as restantes espécies e, porque o barco não cresce, vai empilhando os seus filhos do homem nas várias camadas disponíveis, respeitando princípios sempre actuais, ligados à questão das raças e numa lógica de escuros por baixo e de quanto mais brancos mais ao sol!
Não aprendemos nada!
Eu, como muitos outros portugueses, a minha mulher incluida, (até porque no que diz respeito à reprodução da espécie são as mulheres que têm a opinião mais avalizada), optei por ter apenas um filho. E fi-lo por questões económicas, sociais e ecológicas, sendo que a ordem dos factores é arbitrária.
A minha pulsão primeira era ter mais filhos.
Continuo a acreditar que ter filhos é bom. Realiza quando a tarefa é levada a sério, com respeito pela dignidade dos “miúdos” e com uma atitude de abertura constante às novas formas de ler o "ainda" nosso tempo.
Continuo a respeitar todos aqueles que, porque não pensam neste assunto, ou porque não têm tempo (porque ganhar a vida pode ser uma actividade terrível e extenuante!) ou porque não sabem o suficiente para se anteciparem ao acaso, se multiplicam mais do que me parece equilibrado.
É evidente que entre ter um filho apenas e dar início a uma verdadeira ninhada, há um caminho a percorrer.
A partir de um certo número de filhos, já não consigo compreender os que, escolhendo a via da multiplicação selvagem ainda esperam ser recompensados por isso!
Esperam impostos reduzidos, abonos de família na ordem do: reproduza-se que cada um dos seguintes dá mais que o anterior, casas sociais mais rapidamente do que os casais que se organizam e, quantas vezes com tristeza, fazem verdadeiro planeamento familiar.
Para sustentar tudo isto, o governo deixa de fornecer os novos anticoncepcionais, adia laqueações em mulheres que insistem para o fazer, continua a ignorar o planeamento familiar ao nível das unidades de saúde.
O que não compreendo nem consigo aceitar é que os filhos de todos os que chegam ao nosso país para trabalhar não possam ser vistos como filhos da nossa Nação Portuguesa, educados pelos nossos valores e usufruirem dos direitos que os descontos dos seus Pais lhes deveriam garantir.
Um povo que se afirmou como um Império tem hoje medo dos filhos de quem governou.
Amarga ironia que faz um governo socialista defender o “crescei e multiplicai-vos”.