sábado, dezembro 23, 2006

O Natal está a chegar...


Feliz Natal!


Porque o Natal é sempre que o Homem quer...

Mesmo que não seja para todos... porque o Sol, infelizmente, quando nasce não é para todos... importa acreditar, sempre, que as pequenas luzes que agora se acendem, crescerão e iluminarão cada dia mais gente!


E porque o Natal é em toda a parte, aqui vai o meu postal... directamente de Londres para todos os que me visitam neste blogue...


Um Feliz Natal para todos!

domingo, dezembro 10, 2006

Partiu sem castigo!


Morreu hoje um dos mais hediondos tiranos da História recente.



Eu sei que não é fácil estabelecer uma ordem de grandeza no que diz respeito à crueldade de algumas figuras do século passado que, quis a história, transitaram para o século XXI ainda vivas.

Mas importa, agora que Pinochet está morto, não esquecer as suas façanhas, e, sobretudo, tentar castigar todos os que com ele fizeram coro.

É provável que o anterior Papa lhe tenha concedido o perdão... é possível!
Mas não creio que lhe tenha dado a chave do paraíso.

Porque a crueldade, quando levada a certos extremos, não tem justificação.
Muita coisa pode justificar certas atitudes, a forma como se pensa, os gestos que usamos.
Mas em certos actos, a culpa não pode ser só dos pais, de tios malvados ou de uma infância difícil.
Porque no caso deste tirano, não se trata de gostar de um "jogo" um pouco mais duro.
Não é uma questão de mais ou menos "masculinidade", nem uma forma diferente de ver o poder!

É barbárie!
O exercício do poder levado aos seus limites mais horríveis.

Ficam para a história todos os relatos desses dias de "chuva em Santiago".
Ficam todos os orfãos desse Chile mutilado.
Ficam todos os Pais que nunca mais viram os filhos.



E fica sobretudo, esse sabor amargo de um crime sem castigo!


Mas... a morte, essa chegou inevitável e fria. Que a terra lhe pese em cima e que arda para todo o sempre nas profundezas dos infernos!

sábado, dezembro 02, 2006

São todos uns madraços... que o mesmo é dizer: só eu é que trabalho!


Esta é a verdade mais "universalizada" do espaço lusitano!

Como representantes desta espécie invulgar, de escassos 10 milhões entre portas mas capaz da mais espectacular diáspora do segundo milénio, temos concerteza algumas das suas características mais peculiares.

Somos genuinamente auto-críticos mas sabemos parar no exacto momento em que vale a pena começar a introduzir avanços. Não vá perdermos a capacidade de auto-flagelação.

O maior problema desta nossa sub-espécie é o facto de todos serem uns autênticos madraços, incapazes e produtivos, com uma única excepção: cada espécimen em particular...

E é por isso, só pode ser por isso, que quando se tentam introduzir reformas todos nós resistimos quais meninos mimados a serem arrastados pelos pais.

As reformas fazem falta. Sem dúvida! Mas apenas para os outros!
Se somos professores, entendemos que é necessário reeducar os pais.
Se somos pais clamamos pela reforma do ensino e pela avaliação dos professores.

Os Juízes protestam contra os legisladores.
Os advogados contra os juízes...

Os médicos contra os enfermeiros, estes contra os doentes e estes contra os primeiros e os segundos...

Os filhos gritam contra os pais e estes, porque raramente se lembram que são filhos, berram impacientes contra os primeiros.

Os polícias, geralmente lestos na repressão dos protestos alheios reivindicam o direito à indignação.
Os militares idem aspas aspas...

Os políticos, que são genuínos filhos desta gente toda, revoltam-se contra si próprios e... geralmente... não vá a democracia dos votos ser dura e castigadora, aproveitam para ir deixando tudo mais ou menos na mesma.

E é por isso que eu acho, que a paz podre é bem pior que o estado de indignação a que chegámos.
Pode ser que assim, as coisa possam ir mudando.

Para começar... se pudesse ser... eu ia pelo caminho que o Salazar tanto odiava:

A educação! Pode ser que, quando a grande maioria deixar de ser analfabeta e aproveitar para ler o mundo de forma mais esclarecida, se possa olhar em frente, para cima, para os lados (até para trás) e menos para cada umbigo, por mais interessantes que possam ser os ditos cujos.